DIGA NÃO AO BULLYING E SE AME

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013


Eu nunca fui a menina mais bonita da sala ou a mais popular. Quero dizer, eu nunca fui dessas que todos tinham vontade de sentar perto, ou a que todos os meninos da sala eram apaixonados. Claro que eu tinha amigas, e muitas, mas não é disso que eu estou falando. Eu era a do tipo normal que não fazia muita diferença na vida das pessoas. Sempre tive uma certa dificuldade em lidar com as pessoas, é que eu sempre fui meio tímida, principalmente com quem acabava de conhecer, o que fazia de mim ''meio'' anti social. Outro defeito (ou trauma) de infância era o meu cabelo. Até os dez anos era bem pouco, mesmo, eu tinha um certo problema no crescimento dele. Isso naquela época era horrível no meu ponto de vista, enquanto minhas amigas tinhas aqueles cabelos lindos e um penteado a cada dia da semana, o meu mal dava para amarrar. Parece engraçado, mas escondida de todo mundo eu colocava panos na cabeça só para ter a sensação de um cabelo grande...

Bem, foi ai que tudo começou. Eu era nova, acho tinha uns sete anos, quando meu colega fez um certo desenho no quadro. Era um rosto de uma menina, mas com os cabelos todos espetados e uma seta escrita ''Anna Flávya''. Lógico que todos começaram a rir e eu e meu cabelo viramos piadinha na sala com o apelido idiota de ''carequinha''. Isso antes não passava de uma brincadeira boba, mas para mim hoje tem outro nome: bullying! Felizmente aos poucos meu colegas foram se esquecendo do apelido maldoso, já que todo dia inventavam um apelido diferente para cada um da sala, mas acreditem, até os doze anos eu escutava aquilo.

Como se não bastasse a timidez e o cabelo, tinha o meu joelho. Nasci com um problema neles, com o  tempo foi melhorando (graças a Deus!), mas até pouco tempo eu ainda tinha uma certa dificuldade na hora de correr, meus joelhos encostavam um no outro, era toda desajeitada, o que explica os meus milhares de tombos. Daí surgiu o novo apelido: ''pato Donald''. Se você já viu um pato andando/correndo, sabem do que eu estou falando.

Mas não parou por ai. Logo depois um idiota saiu por ai dizendo que eu parecia um ''patinho feio''. Ahhh fala sério, ai ja era demais para mim! O que mais me irritou é que naquela época eu já estava entrando na adolescência e conhecendo alguns ''gatinhos'', e eu conversava com bastante gente que andava com esse idiota. Tipo, eu sei que eu nunca fui a mais bonita do meu grupinho de amigas, não era a mais bela, a do corpo violão ou da cabelo perfeito, mas eu tinha (tenho) sentimentos! Agora, imagina estudar numa escola onde tinha quase 500 alunos estudando no mesmo turno que você e todos dando risadinhas sarcásticas do ''patinho feio''...

Qual o porque de eu dizer tudo isso? Primeiro, eu queria dizer que a vida inteira sofri bullying sem saber. Isso me deixou bastante chateada e me achando feia demais. Mas sabem de uma coisa? Eu não ligo mais para o que as pessoas pensam sobre mim. Quero dizer, por tanto tempo eu pensei que elas tinham razão, mas depois aprendi a me olhar no espelho de uma forma diferente, e me descobrindo... Sabe a carequinha lá do primeiro episódio? Pois é, o cabelo dela cresceu! Sabem o pato Donald? Não tem mais dificuldade para correr. E o patinho feio? Está virando cisne, deixou de se importar com o que as pessoas pensam dela e hoje está se amando mais. E você que passa ou já passou por isso, se ame mais, pare de se importar com o que as pessoas falam de você e se lembre de uma coisa: você não é aquilo que eles dizem, e não mostre que eles tem razão. Se afaste dessas pessoas que te fazem mal, elas nunca seram melhores, o que as diferenciam de você é que precisam de humilhar as pessoas para que possam ser felizes! Seja você mesmo, seja feliz!

2 comentários :

  1. Anna, sinto muito pela sua experiência, eu já vi esse tipo de coisa acontecer e muito no colégio, mas geralmente os piadista levavam a pior, a supervisora do me colégio nunca tolerou esse tipo de coisa, ela sempre foi muito protetora com os que eram agredidos, principalmente verbalmente.
    Ainda bem que a gente cresce, e percebe que no fundo, quem fica apelidando os outros geralmente está só procurando uma maneira de chamar atenção. Quando você elogia alguém, a pessoa simplesmente te diz "obrigada", mas se você ofende, a pessoa vai te revidar, ficar lembrando daquilo, com você na cabeça.

    Enfim, se quiser visitar meu blog, eis o link, tá tendo promoção por lá :)
    Beijos!
    Carol,
    http://caixa-a-a.blogspot.com

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    1. Pois é, eu sofri muito com isso na infância. Mas na época eu tinha vergonha de contar o que estava acontecendo para as pessoas, principalmente para os meus pais que nunca souberam de nada. Mas enfim, foram águas passadas e eu cresci. E esse tipo de pessoa sempre leva um ''puxão de orelha'' de vida né?

      Amei seu blog! Beijos.

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